Sem a construção de novas refinarias, em dez anos o déficit de combustíveis para motores ciclo Otto será de 188 mil a 580 mil barris por dia. A conta foi apresentada pela diretora geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis - ANP, Magda Chambriard, no Ethanol Summit.
O provável déficit abre a possibilidade para avanços tecnológicos nos motores e aumento na produção de etanol. “Hoje cada litro de etanol gera 70% da energia do combustível fossil. Isso tornou o biocombustível competitivo em somente seis estados brasileiros. Com base nos preços de maio, se tivéssemos motores capazes de gerar 80% da energia do fóssil, o etanol seria competitivo em todos os estados”.
Pelas estimativas da ANP, para manter a participação de 17,5% na matriz energética, a produção de etanol teria que crescer entre 3,5% e 4,5% ao ano. Mas uma participação maior, como a registrada em 2010, exigiria um crescimento de 8% a 9% ao ano.
Magda destacou que nos últimos 15 anos a substituição de importações de gasolina e a exportação de etanol favoreceram a balança comercial brasileira em US$ 80 bilhões. |