Para enfrentar a crise econômica e as recorrentes secas, os fornecedores de cana reativaram duas cooperativas em Pernambuco e uma em Alagoas. A Federação dos Plantadores de Cana do Brasil - Feplana, cujo presidente foi um dos responsáveis pela reativação de uma delas, destaca a iniciativa que evitou com que os canavieiros vissem passivamente a sua produção morrer no campo sem ter para onde fornecer com as usinas fechando.
Mais de dez usinas fecharam em PE nos últimos anos, com destaque a alguns parques fabris com as maiores produções, a exemplo da Pumaty, na Mata Sul, e da Cruangi, na Mata Norte, reabertas em 2014 e 2015 respectivamente. "Decidimos não ficar de braços cruzados apesar de todos os desafios da economia, clima, e da falta das políticas públicas, inclusive a suspensão do pagamento da subvenção para a cana nordestina, iniciada no governo Lula", diz o presidente da Feplana, Alexandre Andrade Lima.
A cooperativa de fornecedores de cana da Mata Norte - Coaf passou a gerir a Cruangi. A cooperativa de canavieiros da Mata Sul - Agrocan, liderada pelo Sindicato dos Cultivadores de Cana do Estado - Sindicape, ficou à frente da Usina Pumaty, que segue para a terceira safra seguida. As duas usinas devem reiniciar o período de moagem em agosto.
Maior produtor de cana no Nordeste, Alagoas também contou com outra experiência de reativação de usina para enfrentar a maior crise do setor canavieiro no país. A Cooperativa dos Produtores Rurais do Vale de Satuba - Coopvale arrendou e retomou em 2015 a moagem da usina Uruba, em Atalaia.
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