Em diversas partes do País, jovens estudantes do ensino médio à universidade vêm desenvolvendo projetos acadêmicos usando a biomassa da cana como base para a criação de produtos biodegradáveis. O consultor de Emissões e Tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar - Unica, Alfred Szwarc, cita duas destas soluções inovadoras premiadas no exterior: um detergente de origem renovável com potencial para ajudar no combate ao Aedes aegypti sem causar grandes impactos ao meio ambiente, além de uma bandeja de bagaço e palha de cana que pode substituir algumas embalagens de isopor usadas por padarias e supermercados.
Reconhecido na premiação “Idea to Products”, organizado pela Universidade do Texas, nos EUA, um projeto criado pelos alunos Paulo Franco e Guilherme Fernando Dias Perez, da Universidade de São Paulo, concebeu um detergente “verde”. Com características de aplicação semelhantes a outros produtos fabricados a partir de derivados do petróleo, o biodetergente apresentou o diferencial de ser menos agressivo ao meio ambiente graças a presença do bagaço de cana em sua composição.
Apoiada pelo programa Iniciação Científica do colégio Bom Jesus, em Curitiba, a aluna do ensino médio Sayuri Miyamoto Magna criou bandejas a partir de um processo de fabricação relativamente simples, em que utilizou biomassa de cana, temperos naturais e uma cola caseira feita de água e farinha. A ideia lhe rendeu medalhas na feira de ciências da Usina Itaipu, o terceiro lugar na Olimpíadas dos Gênios, em Nova York, e o título “Jovens Inventores” do programa Caldeirão do Huck, da TV Globo. De acordo com Sayuri, o maior desafio da sua invenção foi encontrar um modo para dar uma função antimicrobiana à bandeja, garantindo mais segurança alimentar para o consumidor.
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