São Paulo, 13 de maio de 2015

Um Estudo do Sistema Hídrico feito pela Reunion Engenharia na Usina Barra Grande, do Grupo Zilor, para a adequação do consumo específico de água conseguiu a meta de 0,81 m³ por tonelada de cana com algumas adequações no processo - como o fechamento dos circuitos da destilaria e fermentação.

O trabalho é fundamentado no tripé: redução da captação de água, reutilização de águas e condensados e minimização do descarte de efluentes industriais. Para isso, a Reunion desenvolve o balanço hídrico da planta, integrando-o ao balanço de massa e energia de modo a simular os efeitos de variáveis como mix, qualidade da cana e sistema energético, sobre o sistema hídrico. “O novo conceito integrado de sistema hídrico que a Reunion está trabalhando vai trazer importantes avanços na redução do consumo específico de água das usinas. Nossa intenção é chegar abaixo de 0,5 m³/t cana dependendo da necessidade (e da capacidade de investimento) da planta”, afirma o gestor de projetos da Reunion Engenharia, Danilo Piccolo.

Uma usina hoje, de mix equilibrado em açúcar e etanol, deve ter um consumo de água ao redor de 1,0 m³/t cana processada. Os sistemas de resfriamento, cujo consumo de água é significativamente elevado, são os grandes vilões desta história.

Entre as formas das usinas economizarem água estão a adoção de circuitos fechados com torres de resfriamento ou condensadores evaporativos para fermentação, destilação, turbinas de condensação e fábrica de açúcar, de sistemas de regeneração para minimizar a utilização de água de resfriamento, de sistema de resfriamento de condensado para reuso, limpeza de cana a seco e concentração de vinhaça. O custo de implantação destas tecnologias pode variar de R$ 5 milhões a R$ 10 milhões para um sistema de circuito fechado de resfriamento de torres de fermentação, a R$ 30 milhões a R$ 40 milhões para sistemas de concentração de vinhaça.