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São Paulo, 26 de fevereiro de 2015


Mecanização na colheita da cana-de-açúcar atinge 84,8% em São Paulo, calcula IEA
 

O Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) e a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) estimaram o percentual de área colhida por máquinas na colheita da cana-de-açúcar na safra agrícola 2013/2014. Do total de área em produção, ou área de corte (5.497.118 hectares), 84,8% encontra-se mecanizada, correspondendo a 4.659.684,0 hectares, aumento de 3,5% em relação à safra 2012/2013.

A partir desse índice é possível acompanhar a evolução da mecanização da colheita de cana-de-açúcar e avaliar o cumprimento de dois marcos regulatórios que tem por finalidade é proteção ambiental e a erradicação da queima da cana-de-açúcar em território paulista. “Os dados indicam que 15 EDRs encontram-se com índices de mecanização acima da média estadual e que juntos representam 50,5% do total de área em produção da cana-de-açúcar, afirmam Carlos Fredo, Denise Caser, Alceu Veiga Filho e Mário Olivette, pesquisadores do IEA e Raquel Sachs, pesquisadora da Apta Polo Regional Centro-Sul.

Algumas regiões, como Piracicaba, encontram-se abaixo da média (72,7%) e apresentam dificuldades para aumentar a mecanização por conta de dois fatores: a declividade do solo que impede o uso de colhedoras e a presença de fornecedores de cana-de-açúcar com áreas inferiores a 150 hectares. Tais fatores dificultam o cumprimento do Protocolo Agroambiental nos prazos estabelecidos, porém, ainda possuem uma margem de tempo para a mecanização por meio da Lei n. 11.241 de 2002.

O índice de mecanização permite mensurar, também, o impacto da colheita mecânica sobre o emprego de cortadores de cana-de-açúcar. Na safra 2013/14, a demanda por trabalhadores na colheita foi estimada em 51,7 mil cortadores, cerca de 18 mil a menos em relação à safra 2012/13. Destaca-se o EDR de Orlândia, segundo maior EDR em área em produção, que apresentou nessa safra 77,3% de sua área já mecanizada, mas que ainda é responsável por aproximadamente 6 mil cortadores. Outros EDRs, como Barretos, Catanduva e Presidente Prudente demandam juntos cerca de 10 mil cortadores na colheita manual.

Essas regiões, bem como outras em que o processo de mecanização se intensifica e é irreversível, ainda merecem atenção pelas questões sociais que os marcos regulatórios impuseram a essa classe trabalhista. Reforça-se aqui sempre a preocupação de políticas voltadas para esses cortadores seja no processo de requalificação ou no controle ao desemprego, questões essas deixadas de lado na formulação de tais marcos regulatórios.

 
 
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