O preço teto do Leilão A-5, divulgado nesta semana pela Agência Nacional de Energia Elétrica, pode ser um dos indicadores de que o Governo Federal pretende estimular efetivamente a retomada dos investimentos em bioeletricidade. “Esperamos que esse processo de melhoria de preço observado no A-5 deste ano continue nos próximos leilões, garantindo mais previsibilidade ao ambiente institucional e aos investidores em bioeletricidade”, diz o gerente de Bioeletricidade da Única, Zilmar de Souza.
Na última segunda-feira, 30 de março, o preço teto do A-5 foi fixado em R$ 281/MWh para as termelétricas que participarão do certame e de R$ 210/MWh para as Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCHs e outros empreendimentos de fonte hídrica com capacidade instalada até 50 MW. Para as hidrelétricas com capacidade a instalar um volume superior a 50 MW, o preço vai de R$ 155 a R$ 201/MWh.
O A-5 será realizado dia 30 de abril e contratará energia de novos projetos para início de suprimento a partir de 1º de janeiro de 2020. Nesse leilão, a biomassa concorrerá por contratos de 25 anos diretamente com as fontes carvão e gás natural em ciclo combinado. Para a fonte hídrica, o contrato de suprimento terá duração de 30 anos.
A Empresa de Pesquisa Energética - EPE cadastrou 91 projetos para o leilão, totalizando 19.826 MW, com a fonte gás natural dominando a oferta com 78% do total (15.439 MW). Carvão representa 11% (2.100 MW) e a fonte hídrica e a biomassa representam apenas 6% cada (1.126 MW e 1.161 MW respectivamente).
Em relação ao preço teto do último A-5, ocorrido em novembro de 2014, houve um acréscimo de 34%. Naquele leilão, o setor sucroenergético conseguiu viabilizar somente seis novos projetos, totalizando 283 MW.
|