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São Paulo, 05 de janeiro de 2015


IAC faz nova recomendação de zinco para canavicultura
 

O Instituto Agronômico - IAC faz uma nova recomendação de aplicação de zinco na adubação do plantio da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo. Os novos estudos do IAC sugerem o dobro da dose até então sugerida. Na nova tabela de adubação de plantio para a cana, o IAC passa a recomendar a aplicação de até dez quilos de zinco, por hectare, no sulco de plantio, em solos de baixa fertilidade. O objetivo é aumentar a produtividade da cultura. A correção da dose em solos deficientes em zinco poderá viabilizar ganhos de 16% na produtividade da cana na primeira safra.
Conforme observado em estudos realizados pelo IAC, na primeira e segunda soqueiras, o ganho médio na produtividade da cana é de 10%. “Com uma única aplicação no plantio, o aumento da produção pode chegar a 36 toneladas por hectare, em três safras de cana”, afirma o pesquisador Estêvão Vicari Mellis.

Esse resultado deverá elevar a produtividade média atual, que está em torno de 80 toneladas por hectare. O estudo que originou essa nova recomendação faz parte de um programa de pesquisas com micronutrientes em cana-de-açúcar, que vem sendo conduzido em todas as regiões produtoras de cana do Estado, desde 2005.

Atualmente, o principal entrave na adoção de doses maiores de micronutrientes em cana-de-açúcar está na forma de aplicação.

“Para solucionar esse problema, as empresas de fertilizantes têm disponibilizado formulações NPK contendo micronutrientes, porém essa prática pode não ser eficaz devido à segregação dos grânulos, que resulta em uma aplicação desuniforme”, explica o pesquisador do IAC.

A outra alternativa proposta pelo mercado está nas soluções multielementares para aplicações na cobrição do tolete e foliares. “Embora seja uma opção viável, essas formulações têm custo elevado para o produtor e, além disso, não são capazes de fornecer os dez quilos, por hectare, de zinco necessários para a obtenção da produção máxima”, explica. Mellis afirma que essas soluções também não suprem a necessidade da cana durante todo o período cultivado, que pode chegar a cinco anos. Este quadro pode levar à necessidade de novas aplicações, encarecendo ainda mais o procedimento.

Nesse contexto, o IAC tem desenvolvido estudos em parceria com empresas privadas para viabilizar a aplicação da dose recomendada. Nos últimos anos, o Instituto conduziu experimentos em áreas comerciais, onde o sulfato de zinco foi aplicado na forma líquida, na cobrição do tolete e com fertilizante granulado. “Este fertilizante contem oxi-sulfato de zinco desenvolvido para aplicação no sulco de plantio, por meio de uma terceira caixa adubadeira exclusiva acoplada ao sulcador”, explica o pesquisador.

 
 
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