Notícia – Alcoolbrás

 

São Paulo, 26 de agosto de 2014


Políticas públicas para o desenvolvimento do agronegócio dependem da integração entre iniciativa privada e governo
 
Foto: Gerardo Lazzari
 

A criação de políticas públicas mais eficazes, que estimulem o desenvolvimento tecnológico e da ciência no agronegócio brasileiro, precisa, necessariamente, de uma integração entre a iniciativa privada e a esfera governamental. “Sem os recursos de inteligência, reflexão e prospecção que possui a indústria é difícil que o Estado consiga definir uma política consistente”, explica o professor da Universidade de São Paulo João Eduardo Morais Furtado, em painel sobre Economia do Agronegócio, Inovação e Sustentabilidade, durante o 4º Congresso Nacional de Fertilizantes, promovido pela Associação Nacional para Difusão de Adubos - Anda, nesta terça-feira, 26 de agosto, em São Paulo.

Segundo Furtado, a dicotomia existente na afirmação de que a agricultura brasileira é uma potência da porteira para dentro e os problemas se encontram da porteira para a fora precisa ser substituída por uma engrenagem compartilhada. “Está na hora de repensar essa dicotomia e construir uma agenda tecnológica, de abordagem inovadora, para o agronegócio brasileiro”, avalia. “Nosso país possui os recursos e a inteligência para fazer um reflexão de futuro conciliador, integrando conhecimento e ciência, além dos interesses da iniciativa privada”, acrescenta.

Para alcançar esse posicionamento, o professor pondera que é necessária uma integração entre a agricultura e as soluções modernas da indústria e dos serviços, como já ocorre em algumas empresas do setor que se utilizam de modelos computacionais para obter mais produtividade e melhores resultados durante a safra.

Além disso, outro fator preponderante para a continuidade do importante papel representado pelo agronegócio nacional para o desenvolvimento econômico e social do Brasil está no enfrentamento de problemas reais, inclusive, aqueles da porteira para dentro. “A agricultura é o sustentáculo do Brasil e ela é forte demais e muito relevante para receber pacote tecnológico concebido para outros países, em condições diferentes”, opina Furtado que acrescenta que a ciência brasileira precisa de uma maior valorização e reconhecimento.

 
 
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