Notícia Alcoolbrás |
São Paulo, 24 de setembro de 2014 |
GranBio inaugura produção comercial de etanol celulósico no Brasil |
Michel Rios |
A entrada em operação da unidade Bioflex 1 eleva à escala industrial a produção de etanol celulósico a partir da palha da cana de açúcar. Localizada ao lado da Usina Caeté, em São Miguel dos Campos / AL, a unidade tem capacidade para produzir 82 milhões de litros por ano.
Para viabilizar o projeto, a GranBio – empresa de biotecnologia controlada pela GranInvestimentos – investiu US$ 190 milhões na construção da fábrica – com financiamento do BNDES. As obras foram concluídas em 20 meses. Outros US$ 75 milhões foram investidos no sistema de cogeração de vapor e energia elétrica –em conjunto com a Usina Caeté, do Grupo Carlos Lyra. Além de atender às necessidades das duas fábricas, a caldeira gerará um excedente de energia elétrica da ordem de 135 mil MWh/ano. O sistema de cogeração é alimentado com bagaço de cana e lignina. Ainda este ano a Raizen deve colocar em operação uma unidade, em Piracicaba / SP, com capacidade para produzir 40 milhões de litros por ano – outras duas unidades, da Odebrecht e da Petrobras, devem ser construídas até 2016. Em laboratório, essa rota mostrou potencial para ampliar em até 50% a produção de etanol sem aumento da área planta. Atualmente, de um hectare são produzidos 7.100 litros de etanol convencional – que poderiam passar para 12.900 litros apenas com a tecnologia disponível. O presidente da Granbio, Bernardo Gradin, disse que o custo de produção do etanol de segunda geração pode ser até 20% mais baixo que o do etanol convencional quando a Bioflex 1 estiver operando com toda a capacidade. A GranBio tem plano de construir mais dez unidades de etanol de segunda geração – a meta é, até 2022, elevar a capacidade para 1 bilhão de litros, com investimentos de projetados em R$ 4 bilhões. A produção utiliza a tecnologia de pré-tratamento Proesa, da italiana BetaRenewables, enzimas da dinamarquesa Novozymes e leveduras da holandesa DSM. No início do mês, a DSM anunciou a operação da primeira fábrica de produção de etanol celulósico a partir de espigas, folhas, cascas e talos de milho em escala comercial – 20 milhões de galões por ano – em Iowa, nos EUA. |
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