Edição 141 – 2012

O controle biológico e suas aplicações na cultura de cana-de-açúcar

 

Luiz Lemos Conceição, Clandio Medeiros da Silva
Faculdade Integrada de Campo Mourão

Resumo
A cana-de-açúcar integra a história social, política e econômica do Brasil, que é o maior produtor mundial dessa cultura. A cultura é suscetível a algumas pragas causadoras de diversos prejuízos, que precisam ser sanados pelo Manejo Integrado de Pragas. Dentre os métodos que podem ser usados no manejo, destaca-se o controle biológico de pragas, pois proporciona benefícios à cultura pelo menor potencial ofensivo e menor custo econômico em comparação a outros métodos. Para este fim, serão listadas características da cana-de-açúcar, sua biologia e as principais pragas. A partir disso, o objetivo do trabalho é averiguar como o controle biológico foi inserido na cana-de-açúcar, e de que modo ele pode ser utilizado para o controle das pragas.


Uso de maturadores em cana-de-açúcar e seu efeito no acúmulo de sacarose

 

Gabriela Ferraz de Siqueira, Glauber Henrique Pereira Leite, Carlos Alexandre Costa Crusciol e Marcelo de Almeida Silva
Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agronômicas, Depto. de Produção e Melhoramento Vegetal, Fazenda Experimental Lageado

Resumo
A pressão mundial pela redução do uso de combustíveis fósseis gerou maior interesse no uso de fontes renováveis de energia, incrementando a demanda por biocombustíveis, tal como o etanol e, consequentemente, aumento das áreas cultivadas com cana-de-açúcar.

O aumento na produção de cana-de-açúcar nos últimos períodos tem relação, principalmente, com o incremento da produtividade em decorrência da elevada tecnologia adotada e do manejo adequado da cultura, aliado à expansão das áreas cultivadas. O resultado final da safra, como o volume de cana-de-açúcar produzido e a concentração de sacarose nos colmos, depende das condições climáticas durante a safra, principalmente, na época de maturação. Esta fase é considerada, do ponto de vista econômico, a mais importante do sistema de produção de cana-de-açúcar. Neste período é necessário que haja diminuição da precipitação e redução da temperatura, cessando o crescimento vegetativo da cana-de-açúcar e sintetizando os açúcares redutores, glicose e frutose, em sacarose, dissacarídeo depositado nos espaços intercelulares dos colmos.

A maturação natural em início de safra pode ser comprometida caso as condições climáticas sejam favoráveis ao desenvolvimento vegetativo da cultura (disponibilidade hídrica e térmica), comprometendo o acúmulo de sacarose. Neste contexto, uma das principais ferramentas utilizadas para antecipar a maturação e proporcionar incremento do teor de sacarose nos colmos refere-se ao emprego de maturadores. Tais compostos químicos têm sido utilizados também em meio e final de safra, buscando a manutenção do teor de sacarose elevado acumulado no período, permitindo flexibilidade e manejo nas operações de colheita.



Produção e manejo dos fertilizantes organominerais em cana-de-açúcar

 

Pedro Henrique de Cerqueira Luz Engenheiro Agrônomo Doutor em Solos e Nutrição de Plantas Professor Adjunto – Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, Campus de Pirassununga – Setor das Agrarias - USP Pesquisador Colaborador da Agro Sanus Consultoria

Thiago Aristides Quintino Engenheiro Agrônomo formado pela USP/ESALQ Agro Analítica – Consultoria Agronômica

Introdução
Conceitualmente, fertilizantes organominerais (FOM) são os fertilizantes resultantes da associação de fertilizantes orgânicos e minerais. Fertilizantes orgânicos são os fertilizantes constituídos de compostos orgânicos de origem vegetal ou animal, e fertilizantes minerais são os constituídos de compostos inorgânicos, ou seja, desprovidos de carbono. A cana-de-açúcar é conhecida como sendo cultura com grande potencial de reciclagem de nutrientes através dos subprodutos orgânicos oriundos da própria industrialização. O uso desses subprodutos, quando bem manejados, tem garantido sustentabilidade do sistema produtivo e juntamente a outras tecnologias, fazem com que a cana, conhecida como cultura degradadora do ambiente no passado, entrasse no novo milênio como atividade agrícola sustentável e conservacionista. A cana-de-açúcar através dos subprodutos possui grande capacidade de reciclagem de nutrientes chegando, em média, ao potencial de 35% de nitrogênio, 60% do fósforo e 100% do potássio. Os principais subprodutos gerados pela indústria sucroenergética são: torta de filtro, vinhaça, fuligem ou cinzas, barro de decantação e água de lavagem. Destes citados, destacam-se a torta de filtro, vinhaça e a cinza. Subprodutos de outras origens também podem ser utilizados como cama de frango, esterco de galinha, esterco de bovinos e dejeto de suínos, entre outros. A matéria orgânica, desde que bem manejada, promove alterações benéficas nos atributos físicos, químicos e biológicos do solo.


Adubação nitrogenada melhora o vigor das soqueiras de cana-deaçúcar refletindo em produtividade nos ciclos agrícolas subsequentes

 

André Cesar Vitti PqC do Pólo Regional Centro Sul/APTA

Paulo Cesar Ocheuze Trivelin Eng. Agr., Dr., Prof. do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP)

Introdução
A cana-de-açúcar, por apresentar vários ciclos agrícolas (cana planta e rebrotas) entre os plantios (reformas de canaviais), é considerada uma cultura semiperene, sendo a longevidade dos canaviais dependente de vários fatores. Assim posto, não se deve desprezar os benefícios que as adubações e mesmo a própria palha deixada na superfície do solo, após as colheitas sem queima, trarão a cultura ao longo dos ciclos agrícolas. A fim de exemplificar o exposto serão discutidos resultados que fizeram parte da tese de doutorado do Dr. André Cesar Vitti, defendida em 2003. O estudo desenvolveu-se em um neossolo quartzarenico (cerca de 90% de areia) no município de Pirassununga/SP.


Infestação da broca-da-cana (Diatraea saccharalis) e impacto na qualidade da matéria-prima

 

Juliana Maisa Makino Tecnóloga em Biocombustíveis

José Antonio de Souza Rossato Junior Professor Dr., Faculdade Dr. Francisco Maeda – FAFRAM

Leonardo Lucas Madaleno Professor Dr., Faculdade de Biocombustíveis – FATEC

Odair Aparecido Fernandes Professor Dr., Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus de Jaboticabal

Resumo
A broca-da-cana, Diatraea saccharalis (Lepidoptera: Crambidae) é considerada praga-chave na cultura da cana-de-açúcar. Nos últimos anos, em virtude da mudança para o sistema de colheita de cana-crua (sem queima prévia) e a expansão da cultura, os níveis de infestação deste inseto-praga têm aumentado substancialmente e causado severos prejuízos agroindustriais. Neste sentido, este estudo teve o objetivo de avaliar o impacto de diferentes percentuais de infestação da broca-da-cana na qualidade da matéria-prima. Os tratamentos consistiram de feixes contendo 0, 20, 40, 60, 80 e 100% de colmos infestados (com presença de orifício de entrada e/ou saída da lagarta). A intensidade de infestação (II) dos colmos brocados foi determinada. Análises tecnológicas da qualidade do caldo extraído da cana foram realizadas e consistiram no teor de sólidos solúveis (Brix), sacarose aparente (Pol), pureza, açúcares redutores (AR), fibra e açúcar total recuperável (ATR). Ainda, foi calculado o impacto econômico dos colmos brocados na remuneração baseada no índice do ATR. Houve relação positiva entre o percentual de colmos com injúria e a intensidade de infestação (II). O aumento da II reduziu os parâmetros de Brix, Pol, pureza, ATR, e aumentou o AR. Houve decréscimo de até 4,2% do ATR nos colmos brocados. Portanto, o ataque da broca-da-cana impacta diretamente na estimativa de rentabilidade da matéria-prima, bem como nos custos de oportunidade dos produtos finais.





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