Edição 135 – 2012

Análise dos mecanismos operacionais para uma produção mais limpa nos engenhos da região do brejo paraibano

 

Maria Marta Araújo Leal de Oliviera
(Mestrado em Engenharia de Produção)

Adriano David Monteiro de Barros
(Esp. em Direito Administrativo e Gestão Pública)

Lenita Villamarin Lessa
(Mestrado em Engenharia de Produção)

Luiz Bueno da Silva
(Doutorado em Engenharia de Produção)

Resumo
O presente estudo aborda à análise dos mecanismos operacionais de uma produção ecoeficiente, num momento em que, mais do que nunca, faz-se necessário à implantação de um modelo de desenvolvimento sustentável. Os avanços de pesquisas nessa área aliados ao desenvolvimento tecnológico, disponibilizam mecanismos que contribuem para que haja implantação de técnicas que aliem produtividade e conservação ambiental, proporcionando ganhos direto a economia e evitando o desperdício, como também, a depredação ambiental. A aplicação de técnicas de uma produção mais limpa supre as deficiências dos processos produtivos dos engenhos de cana-deaçúcar do Brejo Paraibano, proporcionando ganhos consideráveis, tanto na produtividade, quanto nas questões ambientais, haja vista que, as empresas ecologicamente corretas são competitivas nos mercados nacionais e internacionais.

Por meio deste estudo, buscou-se realizar uma análise dos mecanismos operacionais de uma produção mais limpa no Brejo Paraibano. Para tanto, foi realizado um levantamento dos engenhos produtivos da região, cuja coleta de dados, se deu por meio de observação in loco, aplicação de questionário estruturado, junto aos administradores dos engenhos. Os dados coletados foram analisados com base nos indicadores de gestão ambiental, aproveitamento resíduos para se obter uma produção mais limpa.

Conclui-se que, o setor produtivo de cachaça de alambique e da rapadura é caracterizado por pequenos produtores individuais com base familiar. Um dos principais fatos observados foi a precariedade com relação ao cumprimento às exigências da legislação ambiental, e aplicação de técnicas que proporcionem uma produção mais limpa. Observou-se, ainda, falta de qualidade e higiene nos processos produtivos, como também, investimentos em treinamento e tecnologia para que haja uma produção ecoeficiente.



Comportamento agroindustrial da cana-de-açúcar em função do preparo do solo

 

Carlos Antonio da Silva Junior
Engenheiro-Agrônomo, Mestrando em Sensoriamento
Remoto (Ingresso março/2012), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Laércio Alves de Carvalho
Doutor em Agronomia, Docente na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).

Resumo
O preparo inadequado do solo atua diretamente na compactação, proporcionado aumento na densidade e, por conseguinte alterações em outras propriedades físicas, tais como: retenção de água, aeração e a resistência do solo à penetração de raízes. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito de diferentes sistemas de preparo num LATOSSOLO VERMELHO distrófico, correlacionando atributos físicos do solo com as características agroindustriais da cana planta e da cana soca. Foram instalados três tipos de preparos convencionais, cultivo mínimo e plantio direto, distribuídos em delineamento experimental em blocos ao acaso, com cinco repetições.

Para os atributos físicos do solo, densidade do solo e teor de água, as avaliações foram realizadas no final de cada ciclo, coletando amostras indeformadas nas camadas de 0-0,20 m e 0,21-0,40 m. No mesmo período e nas mesmas profundidades foi avaliada a resistência mecânica à penetração, utilizando- se de penetrômetro de impacto. A resposta da cana-de-açúcar em função dos tipos de preparo do solo foi determinada a partir da avaliação da produtividade por hectare de colmo (TCH), de açúcar (TPH), bem como dos valores de pol % (AP), açúcar total recuperável (ATR) e fibra de amostras de colmo coletadas na colheita da cana planta e cana soca. Nos preparos estudados, houve alteração dos atributos físicos do solo, provocando redução da produtividade na safra 2009/2010, quando comparada com a safra 2008/2009.



A produção brasileira de cana-deaçúcar e o deslocamento da fronteira agrícola na região Centro-Oeste

 

Pedro Abel Vieira, Júnia Rodrigues de Alencar - Pesquisadores da Embrapa SNT

Fabio Cesar da Silva - Pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária e Professor da Fatec Piracicaba

Antônio Márcio Buainain,
José Maria Ferreira Jardim da Silveira - Professor Doutor do Instituto de Economia da Unicamp

Resumo
Meio ambiente e energia tem suscitado debates sobre o avanço da fronteira agrícola no Estado do Mato Grosso. Alguns afirmam que as alterações nas matrizes energéticas do planeta representam uma oportunidade ímpar ao Brasil na produção de álcool. Este trabalho procura demonstrar que o aumento da produção de álcool na escala pretendida para o Brasil se tornar a "Arábia Saudita do álcool" implicará em deslocamento da fronteira agrícola no Estado do Mato Grosso, com efeitos complexos sobre o bioma amazônico.

A despeito da abordagem dúbia sobre as relações entre a substituição do bioma amazônico por pastagens e/ou culturas temporárias e o aquecimento global, sustenta-se que alterações nesse bioma podem ter graves, e imprevisíveis, alterações no clima em escala global. O trabalho conclui pela necessidade de mais estudos sobre essa questão sob a abordagem dos fluxos de massa e de energia em ecossistemas naturais e agroecossistemas.


LEIA A MATÉRIA NA ÍNTEGRA NA EDIÇÃO IMPRESSA

Desejando saber mais sobre a matéria: redacao@editoravalete.com.br
NA EDIÇÃO IMPRESSA

Acontece nas usinas

- - Sabarálcool deverá produzir 65 milhões de litros de etanol e 170 mil toneladas de açúcar

Jornal


- Safra 2011/2012 apresenta quebra de 11,39% no Centro Sul