Edição 133 – 2011

Eficácia do mesotrione aplicado isolado e em mistura para o controle de corda-de-viola e de mucuna preta em cana-soca
Núbia Maria Correia Prof. Dr. do Departamento de Fitossanidade da Universidade Estadual Paulista – UNESP / Campus de Jaboticabal

Introdução
Objetivou-se com esse trabalho estudar a eficácia do herbicida mesotrione, aplicado isolado e em mistura, para o controle em pós-emergência de corda-de-viola e mucuna preta em área de cana-soca colhida mecanicamente sem queima da palha. Dois experimentos foram desenvolvidos no período de 11/2007 a 02/2008, em área de produção comercial de cana-de-açúcar, no município de Jaboticabal, SP. No primeiro, a cana foi colhida no mês de novembro e a planta daninha avaliada foi mucuna preta. No outro, a cana foi colhida no mês de julho, sem a aplicação de herbicida após a colheita, e as espécies de corda-de-viola estudadas foram I. hederifolia e M. aegyptia.

O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. Foram avaliados oito tratamentos de herbicidas [mesotrione isolado e em mistura com ametryn, atrazine, metribuzin, diuron + hexazinone ou trifloxysulforun + ametryn, além dos padrões comerciais (trifloxysulforun + ametryn) + (diuron + hexazinone) e (diuron + hexazinone) + MSMA] e duas testemunhas, uma mantida infestada e outra capinada apenas no dia da aplicação dos herbicidas. Para as espécies de corda-de-viola, não houve diferença significativa entre os tratamentos de herbicidas.

Os “escapes” de I. herderifolia e M. aegyptia emergidos após a aplicação dos herbicidas, tiveram o crescimento e o desenvolvimento inibido, em resposta ao manejo cultural exercido pelo sombreamento e competição da cana-de-açúcar. Todos os herbicidas estudados resultaram em menor acúmulo de massa das plantas de corda-de-viola emergidas após a pulverização, comparados à testemunha sem aplicação. Além disso, todos os tratamentos de herbicidas proporcionaram 100% de mortalidade das plantas de mucuna preta. Porém, nenhum deles apresentou residual de controle no solo para esta espécie.



Efeitos de aplicação lodo de esgoto na cana-de-açúcar e meio ambiente*
Fábio Cesar da Silva Eng. Agrônomo – Embrapa
Antonio Enedi Boaretto Eng. Agrônomo – Centro de Energia Nuclear na Agricultura – USP
Ronaldo Severiano Berton Eng. Agrônomo – Instituto Agronômico do Estado de São Paulo

Resumo
Avaliaram-se os efeitos na fertilidade e nos teores de metais pesados de Argissolo vermelho- amarelo (cana-planta) e de Nitossolo vermelho (soqueira) n, cultivado com cana-de-açúcar (Saccharum spp, var.RB72-454), da aplicação de três doses: T1 (00), T2 (20 e 15) e T3 (40 e 30), de lodo de esgoto (LE) em t ha-1, na presença e ausência de fertilizante mineral (NPK), respectivamente.

Amostras de solo foram coletadas aos 146, 272 e 484 dias após o plantio da cultura de cana-de-açúcar e foram submetidas à análise de rotina de fertilidade pelo método IAC, incluindo a determinação do S, Cr, Cd, Cu, Fe, Mn, Pb e Zn. O LE diminuiu a acidez do solo e forneceu Ca, P, S e Zn, principalmente. Os efeitos do LE foram de curta duração, restringindo-se a um ano agrícola. Os teores dos metais pesados do solo dos tratamentos com LE foram maiores que a testemunha, mas foram menores que os valores considerados perigosos ao ambiente.



Sistema de plantio mecanizado de cana-de-açúcar
José Guilherme Perticarrari CTC - Centro de Tecnologia Canavieira P&D - Engenharia Agrícola - Coordenador
Luciano Rodrigues Menegasso CTC- Centro de Tecnologia Canavieira P&D- Engenharia Agrícola - Pesquisador

Introdução
O plantio mecanizado da cana-de-açúcar é mais que uma tendência no setor sucroalcooleiro, é uma das alternativas mais viáveis para a substituição do sistema de plantio manual que atualmente enfrenta dificuldades como, o alto custo operacional, a escassez de mão-de-obra nas áreas de expansão e em regiões com forte índice de mecanização da colheita e pressões no cumprimento da legislação trabalhista. No aspecto de recursos humanos o plantio mecanizado proporciona melhores condições de trabalho, maiores salários e também oferece maior oportunidade de desenvolvimento técnico. Apesar das vantagens do plantio mecanizado em relação ao plantio manual, a migração do sistema de plantio manual para mecanizado não é uma tarefa fácil, requer muitos cuidados e deve ser feita de forma gradual e planejada.

A mecanização do plantio encontrase em franca expansão no Brasil, porém este sistema ainda requer grande trabalho em pesquisa e desenvolvimento, principalmente no que se refere à colhedora de mudas, plantadoras e sistema logístico com objetivo de melhorar a qualidade do trabalho no campo e reduzir os custos associados à esta operação. As mudanças do sistema de plantio manual para o mecanizado começam pela muda, que no plantio manual é composta por feixes de cana e no plantio mecanizado por toletes colhidos mecanicamente através de colhedoras e plantados utilizando- se plantadoras.

O sistema logístico para o transporte da muda para o plantio mecanizado é bastante representativo no custo total desta operação e deve ser planejado em função da quantidade de máquinas de colheita e plantio disponíveis, da distância dos viveiros em relação à área de plantio, quantidade e tipos de insumos agroquímicos e da estratégia de abastecimento das plantadoras no campo.

Apesar do avanço tecnológico nos últimos anos no sistema de plantio mecanizado ainda é necessário evoluir muito mais este sistema, buscando o aprimoramento constante desta operação, com foco principalmente na redução de custo e melhoria da qualidade inicial da cultura, resultando em maior produtividade e longevidade do canavial. Atualmente o maior desafio desta tecnologia está no controle preciso da dosagem na plantadora e no aprimoramento de colhedoras capazes de colher a muda conciliando mínimo de dano e alto rendimento operacional. Além da aquisição e modificação de máquinas e equipamentos agrícolas para o plantio mecanizado, a capacitação e interação da equipe operacional é um fator de grande importância no sucesso deste sistema de plantio.



Uso de fungicidas para controle da podridão abacaxi (ceratocystis paradoxa) da cana-de-açúcar
Roberto Giacomini Chapola Engenheiro Agrônomo –
FAI/UFSCar - RIDESA

Introdução
A podridão abacaxi da cana-de-açúcar é uma doença que afeta seriamente a brotação das gemas e o desenvolvimento inicial das plantas. Áreas problemáticas apresentam muitas falhas, que podem abranger grandes extensões. A expansão do plantio mecanizado tem contribuído para o aumento da incidência desta doença, tanto pela maior quantidade de ferimentos nos toletes colhidos mecanicamente como pela possibilidade de plantios que adentrem o período frio e seco do ano.

Quando há a necessidade de plantios em condições favoráveis ao patógeno e em locais de forte pressão de inóculo, a utilização de fungicidas torna-se indispensável. Este trabalho teve como objetivo apresentar resultados de estudos que comprovam a eficiência da aplicação de fungicidas em toletes de cana-de-açúcar como medida de controle da podridão abacaxi, principalmente em condições favoráveis à doença.




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