Edição 130 – 2011

Avaliação energética da produção de etanol utilizando como matériaprima a cana-de-açúcar
Diones Assis Salla - Secretaria de Extensão Agro-Florestal e Produção Familiar
Fernanda de Paiva Badiz Furlaneto, Ricardo Augusto Dias Kanthack - Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios
Claudio Cabello - Centro de Raízes e Amidos Tropicais - UNESP

Resumo
Analisou-se energeticamente a produção de etanol originária da cana-de-açúcar. As pesquisas de campo foram realizadas na região paulista do Médio Paranapanema, no período de janeiro a dezembro de 2007, avaliando-se o consumo energético referente às fases de produção e processamento industrial. Verificou-se que o custo energético total da produção agrícola correspondeu a 14.370,9 MJ ha-1, e o item mais oneroso foi o de "insumos" (50,4%). Nas etapas industriais, o consumo energético foi equivalente a 1.641,6 MJ t-1. As operações de "hidrólise, sacarificação e tratamento do caldo" representaram 71,7% do dispêndio energético total. Na cana-de-açúcar, observou-se um custo energético de 2,0 MJ L-1 em relação ao etanol produzido nas principais operações agronômicas de produção e 19,4 MJ L-1 nas etapas de processamento industrial. A eficiência energética no cultivo e na industrialização foi de 1,1.



Bioeletricidade com eficiência
André Ribeiro Lins de Albuquerque
(diretor - Pentagro Soluções Tecnológicas)
Marcos Monaco (diretor Executivo – Usina Santa Cruz)


Resumo
Este artigo contextualiza a bioeletricidade oriunda da cana de açúcar dentro da matriz elétrica nacional. Apresenta o potencial atual de geração da bioeletricidade utilizando o bagaço e parte da palha da cana como fontes de combustíveis. Destaca os principais pontos de ineficiências energéticas dentro de uma planta sucroenergética, apresentando os principais desafios do ponto de vista tecnológico para maximizar a produção de bioeletricidade em usinas sucroenergética em território nacional.

Oferta de Etanol projetada para 2030: potencialidades da produção brasileira
Thales Viegas, Edmar de Almeida - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Economia
Luciano Losekann - Universidade Federal Fluminense Centro de Estudos Sociais Aplicados

Introdução
A produção brasileira de cana-de-açúcar, de etanol e de açúcar é competitiva internacionalmente independentemente de quaisquer subsídios. Os baixos custos de produção e o maior market-share das exportações mundiais de etanol e açúcar manifestariam tal condição. Nesse contexto, o presente artigo se propõe a investigar a produção potencial de etanol até 2030 a partir de um modelo de oferta, com fito de demonstrar quais os requisitos necessários à sua produção de longo prazo. O alto grau de competitividade da indústria e as diversas projeções de demanda elevada no futuro fundamentam as grandes expectativas depositadas sobre a indústria sucroenergética nacional, tanto por parte do Governo quanto dos investidores. No entanto, existem possíveis óbices à concretização dessas expectativas que precisam ser enfrentados.
Entre 2003 e 2008 as vendas de etanol dobraram, alcançando as vendas de gasolina. O aumento da produção gerou um ambiente mais competitivo e permitiu a apropriação de economias de escala. Isso contribuiu para a redução dos custos de produção. A indústria sucroenergética nacional se beneficia do uso da cana-de-açúcar como matéria- prima, o que resulta em produto de menor custo com baixo impacto ambiental. Nesse contexto, as políticas públicas deveriam nutrir essa competitividade e combater a instabilidade do setor por meio políticas que: i) estimulem o desenvolvimento tecnológico; ii) promovam ganhos de eficiência; iii) que reduzam a volatilidade nos preços (exemplo: estoque regulador) e; iv) criem condições para um crescimento coordenado da oferta.


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Retrospectiva Fenasucro

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Agronegócios



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