Edição 129 – 2010

lterações nos atributos físicos do solo relacionados a diferentes métodos de preparo no plantio da cana-de-açúcar
Carlos Antonio da Silva Junior Discente em Agronomia – Grupo de Estudos em Cana-de-Açúcar (GECA-MS)
Laércio Alves de Carvalho Doutor em Agronomia – Grupo de Estudos em Cana-de-Açúcar (GECA-MS) Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS

Resumo
O planejamento das atividades envolvidas com a cultura da cana-de-açúcar, desde o plantio até a colheita, é uma etapa extremamente importante na sua exploração econômica. Esta análise nor- teia a escolha de uma série de técnicas a serem adotadas, como, insumos, máquinas, implemen- tos, serviços, variedades a serem alocadas, épo- cas de plantio, finalizando-se com a elaboração do próprio cronograma físico-financeiro. A mecanização agrícola é um componente bási- co na maioria das estratégias de desenvolvimento rural e no aumento da produtividade. No entanto, sua introdução desordenada, sem adaptação pré- via aos diferentes tipos de solos, pode ocasionar uma rápida e contínua degradação desse recurso natural. Para o cultivo de cana-de-açúcar é exigida participação de mecanização desde plantio até a colheita, trafegando dentro dos talhões. O preparo inicial do solo é um dos fatores im- portantes para determinar o sucesso da produção.

O preparo está intimamente relacionado com o desenvolvimento pleno das raízes ocasionando maior ou menor penetração conforme o grau da resistência que obtém conforme seu manejo. As operações de preparo do solo têm papel importan- te para criar condições ideais no desenvolvimento das raízes e, por conseguinte maiores produções (TAVARES et al., 2010). O sistema radicular da cana-de-açúcar influencia o conteúdo de N absor- vido (22 a 80 kg ha-1 ) e S (4 a 14 kg ha-1 ) nas raízes e rizomas, que, ao final da soca contribui positiva- mente a produtividade de colmos na soca seguinte (VITTI et al., 2007).

A escolha do método de preparo de preparo de solo requer vários conhecimentos, dentre eles pode-se destacar: características do solo, longe- vidade do canavial e custos de produção. Várias são as opções de preparo de solo para a cana-de-açúcar, que vai desde o convencional até o plantio direto, técnica que vem sendo utilizada em algu- mas regiões produtoras. Além destas, o cultivo mí- nimo se apresenta como uma alternativa bastante viável, pois reduz o custo do preparo e utiliza a recomendação de acordo com a necessidade de cada solo. No preparo convencional consistem nas operações de dessecação, grade aradora, intermediária, niveladora, aração, subsolagem e sulcação. A sequência das operações e as profundidades de recomendação dependerão de cada situação e de cada região. No cultivo mínimo as operações são reduzidas visando principalmente, a redução de custos de acordo com as características quími- cas do solo, impedimentos físicos, necessidade de adubação e incorporação no plantio.

O cultivo mínimo pode favorecer o aumento de matéria orgâni- ca, proporcionando melhor agregação, melhorias na infiltração e retenção de água no perfil. O plantio direto em cana-de-açúcar nos solos do Mato Grosso do Sul, principalmente em áreas de grãos, representa uma alternativa para os pro- dutores, considerando que nesse sistema não há revolvimento do solo, preconizando a manutenção de uma cobertura permanente (verde e/ou morta) na superfície por meio da adubação verde e da manutenção dos resíduos culturais que são de in- teresse comercial dentro de uma rotação de cul- turas previamente planejadas. Os adubos verdes contribuem para a melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo, além da cobertura do terreno no período chuvoso, deve-se ressaltar que em áreas de pastagem têm-se recomendado o cultivo mínimo ou convencional, de acordo com a necessidade de cada ambiente.




Pré-tratamentos físico-químicos do bagaço de cana-de-açúcar para hidrólise enzimática
George Jackson de Moraes Rocha, Maria Teresa Borges Pimenta, Edgardo Gómez Olivares, Bruno Rodrigues de Oliveira, Camila Cardoso Resende, Carlos Eduardo Driemeier, Jorge Albuquerque de Souza Correa, Jayr de Amorim Filho, Carlos Eduardo Vaz Rossell

Resumo
O Laboratório Nacional de Ciência e Tecnolo- gia do Bioetanol – CTBE de Campinas/SP implementou recentemente uma unidade específica para pesquisas em pré-tratamentos físico-químicos para bagaço de cana-de-açúcar. Essa unidade consiste em um laboratório e um módulo de planta piloto e conta com equipamentos de última geração para análises e processamento visando analisar as operações mais comumente empregadas na produção de etanol celulósico (bioetanol), tais como a explosão a vapor, hidrólise com ácidos, oxidação úmida, deslignificação alcalina e com solventes orgânicos. Estudos preliminares de pré-tratamentos estão sendo realizados, apresen- tando resultados promissores e que contribuíram significativamente para as etapas subseqüentes na obtenção de bioetanol.

Simulação e otimização do processo
convencional de produção de etanol
hidratado e anidro
Rodrigo Lucas Tenorio Calazans de Lira, Aluno do Curso de Engenharia Química da Universidade
Federal de Pernambuco (DEQ/UFPE)
Sergio Lucena, Professor da Universidade Federal de Pernambuco
e Pesquisador do Laboratório de Controle e
Otimização de Processos (LACO/UFPE).

Resumo
Com o intuito de minimizar os custos de produção do álcool diversos estudos vêm sendo desenvolvidos ultimamente, dentre eles a simulação computacional. A simulação computacional de processos vem sendo usada com cada vez mais frequência na indústria pois permite a determinação, ainda que teórica, de dados muito difíceis de serem obtidos na planta de processamento, com o objetivo de possibilitar alternativas de produção, ajustes de entradas, das condições de operação e do projeto de equipamento que não poderiam ser feitos em escala industrial, pois, pequenas variações nas condições de operação, poderiam gerar alterações indesejáveis à rentabilidade do processo na planta de processamento.

O objetivo deste trabalho é apresentar a descrição e a simulação do processo de produção de etanol hidratado e anidro de uma destilaria autônoma a partir do caldo de cana-de-açúcar, visando melhorias no processo convencional tais como a realização de eficientes tratamentos e es- terilização do caldo, à condução da fermentação a temperaturas inferiores a 30ºC do que as utilizadas atualmente e o estudo de configuração dos processos de destilação. Todo o trabalho foi desenvolvido com base no modelo de produção atual e conduzido com auxílio do simulador comercial Hysys versão 3.2. Os resultados obtidos mostraram-se satisfatórios quanto às propostas de melhorias impostas no processo, como a redução do consumo de água, vapor, perdas de açúcar e a manutenção da produção, às especificações indústrias exigidas.




Corrosividade do etanol anidro, do etanol hidratado e da mistura combustível E25
(25% etanol/75% gasolina)
Anna Ramus Moreira, Mestre, Química, Laboratório de Corrosão IPT -
Zehbour Panossian, Doutora, Física, Laboratório de Corrosão – IPT
Gislaine Maria Bragagnolo, Mestre, Química,
Laboratório de Corrosão - IPT
Célia A. Lino dos Santos, Doutora, Química,
Laboratório de Corrosão IPT
Marcelo C. Gandur, Doutor, Engenheiro Químico - 3M do Brasil
Emerson Monteiro de Souza, Engenheiro Químico - 3M do Brasil

Resumo
O objetivo deste trabalho foi estudar a corrosão das ligas API 5LX 46 e API 5LX 65, usadas na construção de dutos frente o etanol anidro, o etanol hidratado e a mistura combustível brasileira correspondente a um E25 (25 % etanol/75 % gasolina) por meio da condução de ensaios de imersão em laboratório, ensaios NACE TM-0172 e ensaios dinâmicos (loops de corrosão). Com base nos resultados deste estudo, concluiu-se que é aconselhável a realização de pintura na superfície interna de dutos, nos quais a condição de movimentação constante não possa ser garantida, assim como, no caso destes não serem exclusivos para transporte de etanol anidro e hidratado. O objetivo da pintura é única e exclusivamente o de evitar uma contaminação do etanol transportado, a qual poderia mudar a corrosividade do meio e/ou sua coloração, fato este inaceitável pelo mercado consumidor por estar em desacordo com a
resolução ANP no 36.


Análise trade off de confiabilidade :
redução de custo x disponibilidade
Engº Eduardo Calixto- Petrobras


Resumo
Tradicionalmente a análise RAM é utilizada para avaliação da confiabilidade, disponibilidade e mantenabilidade de equipamentos e sistemas, porém em alguns casos como no desenvolvimento de projetos de novas Unidades produtivas, várias técnicas de Engenharia de Confiabilidade são necessárias. Na Petrobras, as melhores práticas de Artigo Técnico Artigo Técnico uma dada disciplina aplicada durante a vida útil de um empreendimento com o objetivo de garan- tir a continuidade operacional, a qualidade dos produtos de forma sustentável é conhecido como "Value Improvement Practice" (VIP). As VIP's po- dem ter foco na eficiência energética, ergonomia, construtibilidade, análise de valor, redução de resíduos e confiablidade. Dependendo do empreendimento algumas VIPs devem ser aplicadas para garantir unidades de alto desempenho. Nos últimos 5 anos a aplicação da VIP de Confiabilidade tem sido cada vez mais utilizada por possibilitar a análise precisa dos impactos da configuração de processo, seleção de tecnologia, nível de estoque e confiabilidade dos equipamentos na disponibilidade (FOI) das Unidades.

 

 
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