Edição 127 – 2010

A engenharia genética de leveduras como propulsora da otimização da fermentação de sacarose
Marcelo G. Dário, Júlio C. A. do Espírito Santo, Paulo S. Schlogl, Eduarda H. Duval, Gabriela Müller, Letícia O. Machado, Débora Trichez, Sérgio L. Alves Jr., Boris U. Stambuk Laboratório de Biologia Molecular e Biotecnologia de Leveduras Depto. de Bioquímica – CCB

Resumo
No Brasil, a produção de etanol combustível é realizada a partir da fermentação do caldo de cana por leveduras Saccharomyces cerevisiae. Esse caldo contém, como açúcar majoritário, sacarose, que é primeiramente hidrolisada pela enzima invertase secretada por essa levedura. Dessa forma, obtêm-se glicose e frutose, monos- sacarídeos que são transportados para o inte- rior da célula e fermentados até etanol e CO2 . A hidrólise extracelular da sacarose, entretanto, tem sido vista como um fator negativo por pro- mover estresse osmótico às células, desviando a produção de etanol para a produção de glice- rol. Além disso, a formação de glicose e frutose no meio favorece a contaminação de bactérias e leveduras indesejáveis que não utilizam a saca- rose. Em vista disso, apresentamos, neste traba- lho, ferramentas para modificar geneticamente a levedura S. cerevisiae, no intuito de alterar a forma com que as suas células utilizam esse açúcar. Acreditamos que a modificação propos- ta poderá promover maior produção de etanol por tonelada de cana plantada.


O bagaço de cana: a busca por uma padronização
George Jackson de Moraes Rocha, Edgardo Olivares Gómez, Bruno Rodrigues de Oliveira, Maria Teresa Borges Pimenta Barbosa, Camila Cardoso Rezende, Carlos Eduardo Driemeier, Jorge Albuquerque de Souza Correa, Jayr de Amorim Filho, Carlos Eduardo Vaz Rossell - Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol – CTBE

Resumo
Estudos preliminares em desenvolvimento no La- boratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioe- tanol – CTBE, em Campinas/SP, mostram a significa- tiva importância do tratamento físico do bagaço de cana-de-açúcar como parte dos esforços científicos e tecnológicos no desenvolvimento de um processo de produção de etanol celulósico de elevado rendimen- to pela rota da hidrólise enzimática. Este trabalho é um reflexo da dedicação neste sentido. Apresen- tamos os resultados preliminares obtidos do estudo da influência dos efeitos produzidos pela aplicação de diferentes tecnologias de moagem do bagaço de cana nas possíveis mudanças morfológicas do mate- rial em relação à sua ultra-estrutura.


Modelagem e simulação da dinâmica populacional de leveduras nas dornas de fermentação do processo de produção de bioetanol
M. I. Berto GEPC – Instituto de Tecnologia de Alimentos, M. A. C. Souza, C. M. A. Galvão e D. I. P. Atala, CTC – Centro de Tecnologia Canavieira


Resumo
No processo industrial de produção de bioeta- nol, a levedura utilizada para o start-up da fermen- tação não é, necessariamente, a variedade que permanecerá no sistema até o final da safra. Na maioria dos casos, a variedade de levedura que inicializa o processo é substituída logo no primeiro mês por outras variedades de leveduras, que aden- tram através da alimentação do mosto nas dornas, denominadas contaminantes ou selvagens. Estas leveduras contaminantes do processo, geralmente apresentam desempenho industrial inferior às le- veduras selecionadas e trazem como consequên- cia, perdas de eficiência e desempenho industrial. Deste modo, conhecer a dinâmica populacional das leveduras selecionadas e contaminantes ao processo fermentativo fomentaria futuras estraté- gias de controle da contaminação. Para isso, foi realizada a modelagem de um processo industrial de produção de bioetanol, operando em batelada alimentada, com alimentação do mosto contendo leveduras contaminantes, floculantes ou não, con- siderando o reciclo de células, perdas do fermento na etapa de centrifugação e na purga (sangria) para controle do volume celular. A simulação das diversas condições operacionais foi realizada através de um programa codificado em LabView 8.5 sendo o conjunto de equações diferenciais inte- gradas em algoritmo de Runge-Kutta de 4° ordem. Como resultado, foi possível determinar o tempo de permanência da levedura industrial seleciona- da em função do grau de contaminação e da va- riação da concentração de substrato no mosto.


 
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