Edição 121 – 2009

A bioeletricidade e os avanços do setor sucroenergético
Onório Kitayama
Diretor de Bioeltricidade da Cia. Operadora do Mercado Energético – COOMEX
Nos últimos anos, experimentamos uma situação inusitada no setor elétrico brasileiro, ou seja um período de racionamento seguido de sobra de energia e acompanhada na sequência, por um cenário de imperiosa necessidade de crescimento da oferta, para não impedir o desenvolvimento econômico do país.
Foi nessas circunstâncias, que surgiu a possibilidade de aproveitamento do potencial energético da biomassa da cana, a cogeração com eficiência, usando tecnologia mais evoluída, usando caldeiras de alta pressão.


Modelo de análise dos fatores que influenciam o desempenho das empresas de caldeiraria nas paradas programadas de manutenção
Gedson Meira
Consultor técnico sênior Refinaria Landulpho Alves – Petrobras

Resumo
A realização de paradas programadas de manutenção de plantas industriais influencia de forma significativa o resultado do negócio de uma refinaria de petróleo. Assim sendo, a gestão de paradas deve ser analisada sob o enfoque estratégico. Dentre as atividades de manutenção que são realizadas durante uma parada, destacam-se as atividades de caldeiraria, que representam a maior parcela de dispêndio de recursos financeiros. Estas atividades são realizadas por empresas terceirizadas, e o seu desempenho afeta os resultados de uma parada. Portanto, é do interesse das refinarias conhecerem os fatores que afetam o desempenho destas empresas em uma parada. Este artigo apresenta uma proposta de modelo para analisar os fatores que influenciam o desempenho das empresas contratadas de caldeiraria que atuam nas paradas das unidades de processo da refinaria Landulpho Alves – UN Rlam.
Esta proposta se baseou em ampla revisão bibliográfica e em observações empíricas coletadas em diversas paradas. Espera-se que a aplicação deste modelo proposto venha a revelar os fatores que influenciam o desempenho em paradas e gere recomendações a serem adotadas pela refinaria e pelas empresas na busca por um melhor desempenho. Convém registrar que este modelo de análise proposto pode também ser replicado em outras refinarias ou em outras indústrias de processo similares, notadamente empresas de processamento petroquímico.
Este trabalho foi originalmente elaborado para Conclusão de Curso de MBA em Gestão Empresarial (UFBA 2006), tendo sido posteriormente ampliado para uma dissertação de mestrado. Ele foi redigido em um cenário de crescimento econômico vertiginoso, tendência esta que foi revertida a partir de setembro de 2008, e as suas conclusões somente se aplicam ao setor estudado (refino de petróleo). A sua extrapolação para outras áreas como o setor sucroalcooeiro é uma hipótese que requer confirmação por parte de outros estudos, sendo, portanto, meramente indicação de um trabalho realizado em outro setor econômico.
Talvez a principal diferença entre os setores, nesse caso, esteja no “timming”, já que em várias usinas os períodos de produção (safra) e de parada que se intercalam e, em paradas de unidades de refino, os tempos de campanha costumam ser muito mais longos, entre 4 e 6 anos, e o período de parada muito curto, tipicamente algo entre 30 e 50 dias.
Entretanto há vários pontos em comum já que são atividades de manutenção industrial, são “projetos” e possuem diversos aspectos de gestão a serem observados que são aderentes ás áreas de conhecimento do PMI, como gerenciamento de custos, qualidade, recursos humanos, comunicação, gerenciamento do tempo (cronogramas, etc), gerenciamento de aquisições (compras e contratos de serviços), gerenciamento de riscos, comunicação e por fim a integração de todos estas áreas com o objetivo de se atingir às metas da parada definidas pela alta gerência. Além disto, ambos os setores fazem uso intensivo da terceirização para realizar as suas paradas.


O Controle Estatístico de Processo aplicado ao controle de manutenção preditiva em relação às quebras de equipamentos de processamento sucroalcooleiro
Sabrina Barbosa de Oliveira - Aluno do curso de especialização em Processamento na Indústria Sucroalcooleira - ILES/ULBRA
Kátia Dias Ferreira Ribeiro - Professora do curso de especialização em Processamento na Indústria Sucroalcooleira - ILES/ULBRA

Resumo
O Controle Estatístico de Processo – CEP é uma ferramenta estatística usada no estudo e identificação de desvios nos processos das indústrias sucroalcooleiras, desde a entrada da matéria-prima até a concepção do produto acabado. Aplicado ao controle de manutenção preditiva em relação às quebras de equipamentos de processamento sucroalcooleiro foi escolhido como tema devido necessidade de medir os resultados alcançados com a mudança do direcionamento da manutenção de corretiva para preditiva. O objetivo deste trabalho foi demonstrar usando o Controle Estatístico de Processo como ferramenta de medida estatística, que é possível reduzir custos com ferramentas de medição, por ser de simples utilização e noutra parte reduzir custo com manutenção corretiva (realizada após a inutilização da máquina para o trabalho ou atividade normal) de equipamentos de processamento sucroalcooleiro, utilizando técnicas preditivas e análises de vibração em máquinas com manutenção onerosa. Como exemplo, podem ser citados turbinas a vapor, turbo exaustores, geradores de energia elétrica, centrífugas de fermento e açúcar, turbo bombas, grandes redutores, motores elétricos ou outros equipamentos que põem em risco a continuidade ou qualidade do processamento da matéria-prima. A metodologia adotada foi coleta de dados de sistema de planejamento de manutenção industrial, extraídos e equipados de validação individual relacionado ao desvio padrão médio das amostras coletadas. Os resultados mostram que o processo de manutenção preditiva pode ser monitorado baseando em dados relativos aos custos de readequação de determinados equipamentos e a perda ou diminuição do potencial produtivo desta planta industrial.

Projeto mecânico e análise
térmica de tanques cilíndricos verticais com agitação e superfície de troca de calor
Silvio Luiz Arfelli - Engenheiro Mecânico e Mestrando da Faculdade de Engenharia de Bauru – UNESP
Paulo Cezar Razuk - Professor Titular da Faculdade de Engenharia de Bauru – UNESP

Resumo
Este eo cálculo do coeficiente global de troca de calor em tanques com diferentes geometrias.
No processamento do xarope de açúcar cristal, o coeficiente global foi determinado pela expressão fornecida por Bondy, F. e Lippa, S. (1983). Os resultados mostraram que os tanques mais esbeltos, com impelidor descentralizado, apresentam melhor aproveitamento.
Concluiu-se que, na definição geométrica de um reator, a relação entre o diâmetro e altura do costado deve ser inferior a 1,0. Por sua vez, em decorrência da potência consumida, o impelidor com diâmetro igual a 0,4 do diâmetro do tanque, mostrou-se mais adequado. O emprego de pressões maiores para o vapor saturado reduz o tempo de processamento, embora possa implicar no aumento da espessura da chaparia e no consumo de combustível na caldeira.


 
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